Paróquia de Távora

Designação completa: PARÓQUIA DE SÃO JOÃO BATISTA DE TÁVORA

Pelos Censos 2001, a freguesia de Távora, tem 420 cidadãos, que formam a população residente; 152 famílias clássicas, e 230 edifícios.

10 anos depois, nos CENSOS 2011, a freguesia registou 374 residentes, sendo 176 do sexo masculino e 198 do sexo feminino, e distribuindo-se por 145 famílias clássicas. Como se pode ver a partir dos Censos há um decréscimo bastante significativo da população.

HISTÓRIA

O nome está ligado à famosa família dos Távoras, que o Marquês do Pombal quis fazer desaparecer. Os vestígios cingem-se a uma inscrição numa edificação. O Palácio dos Távoras, cujas pedras terão sido levadas e dispersas pelos habitantes, ficava entre a povoação de Távora e a de Quintã, abaixo da estrada nacional que conduz a Moimenta da Beira.

Em todo o caso e segundo o Dr. Gonçalves da Costa, a povoação apropriou o nome do rio (Távora) e o deu à família tragicamente célebre.

O nome terá vindo da palavra pré-celta Talabara, Taábara. O Castelo do Calfão, na serra do mesmo nome, é de construção castreja. Aís se teria formado a primeira comunidade luso-romana em volta de uma capela mandada erigir, segundo a tradição popular, por D. Tedon e D. Rausendo, cerca do ano 1040.

No espaço da paróquia existe ainda aquele que foi o Convento de São Pedro das Águias, dependente do mosteiro cisterciense de São João de Tarouca. A sua comunidade foi sempre pobre e reduzida. decadente, foi extinto por D. José. no século XVI; foi ainda reativado por D. Maria I; extinto em definitivo em 1834, aquando das extinções das ordens religiosas em Portugal. Vendido e pilhado. Recentemente foi recuperado como exploração agrícola, mantendo elementos importantes da arquitetura do século XVII, nomeadamente o claustro e a igreja desafetada ao culto.

Igreja Paroquial é de fundação pré-nacional, constituindo-se em abadia, sendo o direito de padroado e de apresentação à família dos Távoras, donatários da vila. A atual Igreja é setecentista, e segundo uns, erigida sobre alicerces de pequeno templo anterior de demolido, com a torre de início do século XX, 1907. Segundo o Dr. Gonçalves da Costa, parecer ter sido construída em local distante da primitiva que seria do século XI.

Na nave da Igreja tem três telas em óleo em madeira: S. Domingos, São Francisco, São Sebastião, do século XVII, e uma tela de Jesus atado à coluna, meio corpo, talvez vinda do Brasil, mas tem um autor, António, do século XIX, 1830.

No Calfão, onde existem vestígios do homem dos castros e sepulturas, nas rochas, existiu, em tempos uma ermida, medieval, de Nossa Senhora do Calfão, ou em honra de Nossa Senhora dos Prazeres, talvez em substituição de culto e templo pagão. Foi uma das romarias e feiras mais importantes e o seu recinto palco de zaragatas. Ali acorriam 18 freguesias com os seus párocos, por Nossa Senhora os livrar das formigas e das lagartas. As imagens aí existentes vieram para a Capela de Nossa Senhora dos Prazeres.

Capela de Santa Bárbara foi construída no início do século XX, 1904.

Padroeiro: São João Baptista.

Festa: em honra de Santa Bárbara, habitualmente, no segundo Domingo de Agosto.

Património Imóvel: Igreja Paroquial; Centro Paroquial; Capela de Nossa Senhora dos Prazeres; Capela de Santo António; Capela de Santa Bárbara; Nicho de Nossa Senhora de Fátima.


PárocosParoquialidadeReferências nos Livros de Assentos
Pe. Manuel de Carvalho Pinto1911
Natural de Várzea da Serra, nasceu a 18 de fevereiro de 1869. Era filho de António e Ana Gonçalves. Recebeu a ordenação sacerdotal em 1894. Paroquiou, inicialmente, as Monteiras, requerendo depois as paróquias do Modelo, diocese de Viseu, e de Távora, diocese de Lamego, onde formalizou a sua colação. Aqui, no concelho de Tabuaço, o poder político dominava o poder religioso. O Pároco da sede do concelho, Pe. Álvaro de Azeredo Osório, era o chefe político democrático local. Celebrou de batina preta, pelos monarcas falecidos, enquanto o pároco de Tabuaço, Pe. Álvaro Osório, celebrava, de gravata vermelha, pelos assassinos dos monarcas. A vida exemplar e o cumprimento dos deveres eclesiásticos, diz o Dr. Gonçalves da Costa, no seu livro Seminário e Seminaristas de Lamego, era uma censura permanente para o pároco de Tabuaço, que, entretanto, nunca foi um descrente… O Pe. Carvalho Pinto, a fim de se aproximar da sua terra natal, obteve a nomeação para São Joaninho, com a 2.ª missa em Cujó, mas mantendo a colação a Távora. Faleceu repentinamente no dia de Natal de 1934, ano em que já paroquiava de novo as Monteiras.  
Pe. Manuel Maria de Lacerda e Vasconcelos  194524 de fevereiro de 1945
2 de dezembro de 1945
Também pároco de Tabuaço entre 1929.
Veja as informações na secção dos Párocos de TabuaçoAQUI.
  
Pe. Luís Vieira Cardoso1949 – 19554 de maio de 1949
27 de fevereiro de 1955
Pe. Manuel Gonçalves Pereira1955 – 19568 de maio de 1955
31 de agosto de 1956
Nasceu na Purgaçal, mas cedo se mudou para a Matancinha, povoações de Penude, paróquia e freguesia de Lamego, ainda que tenha nascido na Purgaçal, a 8 de fevereiro de 1925. Filho de Avelino Alves Pereira e Ana Gonçalves. Foi ordenado sacerdote a 29 de junho de 1951, começando a paroquiar Paradela e Granjinha. Em 1956, assumiu as Paróquias de Longa, Nagosa e Arcos. Em 1969, deixou de ser Pároco de Arcos e assumiu a paroquialidade de Vale de Figueira. Em 1977, assumiu também a Paróquia de Carrazedo. Diz o Dr. Gonçalves da Costa, no livro Paróquias Beiraltinas: Penude e Magueija, que o Pe. Manuel promoveu o restauro de capelas e igrejas de Paradela, Nagosa e Longa. Em 1991 foi para pároco de Lalim e logo depois para pároco de Arneirós, onde viria a falecer em 11 de novembro de 1999.  
Pe. Américo Albino Gomes1956 – 196021 de setembro de 1956
25 de setembro de 1960
Pe. Luís Ribeiro da Silva  1960 – 196215 de outubro de 1960
24 de junho de 1962
Também pároco de Tabuaço entre 1999 e 2000, tendo sido co-pároco entre 1986 e 1996, com o Pe. Manuel Pinto Afonso.
Veja as informações na secção dos Párocos de TabuaçoAQUI.
  
Pe. António Teixeira Marques1962 – 19652 de setembro de 1962
29 de setembro de 1965
Natural do Mezio, concelho de Castro Daire, foi ordenado sacerdote em 1933, na Igreja Matriz de Castro Daire. No mesmo dia foi ordenado o Pe. Daniel da Costa, que viria também para terras de Tabuaço, sendo pároco da Granja do Tedo, Pinheiros e Carrazedo…  
Pe. Filipe Gonçalves da Fonseca1965 – 200210 de outubro de 1965
31 de agosto de 2002
O Padre Filipe era natural de Penude, onde nasceu no dia 14 de outubro de 1932, no Grandal, Sucres, e era filho de Francisco Rodrigues da Fonseca e de Emília Gonçalves. Após ter frequentado os nossos Seminários, foi ordenado Diácono no dia 18 de dezembro de 1954, na Capela do Seminário, na Casa do Poço, onde atualmente está instalado o Museu e Arquivos diocesanos, frente à Sé. No mesmo espaço, foi ordenado Presbítero, no dia 15 de agosto de 1955, por D. João da Silva Campos Neves. Dois meses depois da ordenação, 15 de outubro de 1955, foi nomeado pároco de Vale de Figueira a Velha, em São João da Pesqueira. Após quatro anos, no dia 19 de setembro de 1959, recebeu a nomeação para pároco de Pretarouca (Lamego) e de Feirão (Resende). Três anos depois, em 1962, saiu deste espaço pastoral e foi nomeado para a zona de Tabuaço, mais concretamente para as paróquias de Paradela e Granjinha. Mais tarde acumulou também a paroquialidade de Távora e, em 2000, após falecimento do Pe. Dinis, de Sendim. Deixou a Paróquia de Távora a 31 de agosto de 2002. Quando as forças foram faltando, saiu das paróquias e assumiu a missão de capelão no Lar de idosos de Barcos, Tabuaço, residindo nesta vila duriense. Foi professor nos Externatos de Tabuaço e de Moimenta da Beira e mais tarde no Ensino oficial, na Escola EB 2,3 /S Abel Botelho de Tabuaço. Faleceu a 6 de novembro de 2015 e foi a sepultar na sua terra natal, Penude.  
Pe. João Carlos Costa Morgado
Pe. Manuel Pereira Gonçalves
2002 – 200527 de outubro de 2002 Tomada de Posse
Também pároco de Tabuaço entre entre 2001 e 2005.
Veja as informações na secção dos Párocos de TabuaçoAQUI.
  
Pe. Manuel Pereira Gonçalves2005 – …  18 de setembro de 2005
PárocosParoquialidadeReferências nos Livros de Assentos