No dia da sua morte, 5 de abril, a memória litúrgica de são Vicente Ferrer.
São Vicente Ferrer nasceu em Valencia, Espanha, em 1350. Entrou para os Dominicanos (Ordem dos Pregadores de S. Domingos) com 17 anos. Nessa época, a Igreja Ocidental vivia o grande cisma, com dois Papas, um em Avinhão, na França, e outro em Roma, em Itália.
Mestre em teologia, Vicente coloca-se ao lado dos papas de Avinhão. Em 1384, o cardeal Pedro de Luna foi eleito Papa, Bento XIII. Vicente, que já era seu amigo, tornou-se seu confessor. Entretanto, para que a unidade da Igreja fosse possível chegou-se à conclusão que o melhor era que os dois Papa renunciassem, ficando assim as condições criadas para se eleger um novo Papa. Bento XIII manteve-se renitente. São Vicente incentivou-o a renunciar, para bem da Igreja e da unidade da mesma, acabando por lhe tirar o apoio. Com esta postura e decisão, ajudou a eleger o novo papa, Martinho V, trazendo de novo a unidade da Igreja ocidental.
Este período negro da Igreja dissipou-se.
As conversões e as graças por intercessão de Vicente Ferrer continuaram.
Morreu no dia 5 de abril de 1419, na cidade de Vannes, Bretanha, na França.
A Igreja reconheceu como autênticos 873 milagres. Foi canonizado pelo Papa Calisto III, em 1455.
Em Tabuaço venera-se desde o séc. XV ou XVI. A povoação formou-se a partir de uma ermida erigida em sua honra, crescendo a partir daí. Não deveria ser muito distante da atual Capela em honra de São Vicente. Na Capela existem, depois das obras de recuperação, quatro imagens: São Vicente, Santa Frebena, São Paulo, Apóstolo, e Santa Maria (Romana). A imagem de São Vicente representa-o com o traje dominicano. Na imagem original, teria asas, sendo visíveis dois buracos na parte superior das costas, onde estariam incrustadas as duas asas que, entretanto, desapareceram, por ser apelidado de “anjo do apocalipse”. Sentado aos pés, a judia que ele ressuscitou e que se converteu ao cristianismo.
Nos anos em que a memória litúrgica cai dentro da Semana Santa, assinala-se dentro da Eucaristia celebrada na Igreja Matriz. Ao longo dos anos, como foi o caso deste, quando antecede a Semana Santa ou é posterior, celebramos a Festa de são Vicente Ferrer, na Capela que lhe é dedicada, num horário favorável a quem trabalho, no final da tarde.
Em 2024, fizemo-nos “peregrinos” e celebrámos em são Vicente.