Homilias

João vê Jesus e exclama: «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. É d’Ele que eu dizia: ‘Depois de mim vem um homem, que passou à minha frente, porque era antes de mim’. Eu não O conhecia, mas foi para Ele Se manifestar a Israel que eu vim batizar na água».

Magos: homens da cultura e do saber… Verdadeiros sábios, disponíveis para aprender mais, tendo consciência que o que sabem é pouco. O verdadeiro sábio é simples, humilde, pobre. Só os pobres compreendem os mistérios divinos… quando não compreendem confiam!

O primeiro dia do novo ano civil é preenchido pela Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus. A tónica é a de bênção, que se deseja para nós e para os outros, e para o mundo. Desde 1968, por decisão do Papa São Paulo VI, que o ano começa como Dia Mundial da Paz…

É Natal, Deus está aí na fragilidade de um bebé, na inocência de uma criança, na ternura de um Menino, pronto para ser acolhido, acarinhado, pronto para Se deixar amar. N’Ele mesmo e nas pessoas mais pequenas… O que fizerdes ao mais pequeno dos Meus irmãos a Mim o fazeis.

Deus sonhou para nós um mundo belo e harmonioso, pleno de amor e de ternura, onde prevaleceriam a alegria e a fraternidade. Os desígnios de Deus mantiveram-se inalterados, respeitando sempre a vontade humana, mas fazendo-nos ver caminhos novos…

A Alegria do Evangelho há de generalizar-se em todo o tempo, pois Deus ama-nos infinitamente e sempre desce à nossa vida. É uma alegria missionária. Acolhemos o Senhor e deixamos que transborde o amor de Deus em nós para as pessoas que encontramos…

Um tronco! Uma vida. Uma raiz! Um começo. Um rebento! Vida nova a germinar! Anúncio de primavera! Tempo de esperança! Espera confiante! Aurora de um novo dia, claridade a despontar! E com o dia, mais tempo para viver, para aproveitar, recriando-se.

O Advento faz-nos renovar a nossa fé, a nossa alegria, a nossa esperança por sabermos que Deus vem, e vem Ele próprio, numa identidade concreta, real, humana. Esta vinda compromete-nos a preparar-nos para O receber na nossa vida.

Finalizamos e coroamos o ano litúrgico com a solenidade de Nosso Senhor Jesus Rei do Universo. O Evangelho deste ano coloca-nos junto à Cruz de Jesus, com a zombaria dos chefes dos judeus, dos soldados e de um dos malfeitores crucificado na mesma ocasião.

Jesus constata a caducidade das coisas, por mais duráveis que possam ser. «De tudo o que estais a ver, não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído».
O templo de Jerusalém demorou 46 anos a concluir. Nada se lhe compara, todavia, também o Templo não resistirá ao tempo.