Pré Jornadas na nossa paróquia

Vivemos, entre os dias 26 e 31 de julho, uma das dimensões da JMJ, os Dias nas Dioceses, com a nossa paróquia a acolher 55 peregrinos franceses, oriundos da Diocese Evry – Corbeil Essonnes, que nos contagiaram com alegria e fé, deixando marcas profundas de cuidado, atenção, disponibilidade, compromisso com a Igreja e com o Evangelho. Vimo-los nas atividades, mas também testemunhámos os momentos de oração, silêncio, reflexão e partilha.

Foi um tempo de graça e de vitalidade para a nossa comunidade, apesar de envolver algum receio, além de dificuldades que o tempo mostrou serem mais uma forma de resistir, insistir, não desistir e persistir, procurando que os problemas não levassem a melhor.

Nunca será demais agradecer, primeiramente, ao bom Deus por nos possibilitar estes dias de encontro, de oração, de partilha, de acolhimento e comunhão, dando e dando-nos e recebendo no que fomos capazes de dar. O sacrifício exigido e expectável permitiu-nos dilatar o nosso vocabulário humano, a linguagem da paz e da esperança, a linguagem dos afetos que nos humaniza, nos irmana e nos aproxima.

Em meu nome e das nossas responsáveis, a Sara e a Mara, muito obrigado a vós que fostes o primeiro abrigo, a casa e o pão, e a ocasião para experimentarmos e vivermos a JMJ 2023. E neste agradecimento tripartido, a vós, o meu reconhecimento à liderança do COP Tabuaço, a Mara e a Sara, pelo trabalho de meses, para nos colocar, ao grupo e à paróquia, no mapa da diocese, participando em reuniões variadas, operacionalizando momentos de oração e de celebração e, no que é mais visível, no acolhimento aos peregrinos, nas pré jornadas, e na nossa participação na JMJ 2023. Penso que também elas estão mais crescidas e mais preparadas para lidar com milhentas opiniões, discordâncias, críticas antes da escuta ou da espera, e procurar que os problemas não levem ao desânimo, mas a novas buscas e propostas. Agradeço-lhes de coração, pois não é fácil lidar com gerações diferentes, os mais jovens, porque supostamente não levam nada a sério, os menos jovens, porque supostamente têm opiniões mais ajuizadas, e os iguais, porque supostamente não têm que escutar e muito menos obedecer… ainda bem que no grupo não houve esta clivagem. Muito obrigado.

Nenhum caminho está isento de dificuldades, de tropeços, de contrariedades. As pedras podem ser um estorvo ou servir de degraus para se subir ou permitirem contruir pontes que nos ligam ainda mais. Quando tratámos de incentivar famílias ao acolhimento, recebemos muitos sinais de que não éramos nós que estávamos a trabalhar, mas era Deus a operar através das nossas palavras ou nas pessoas que se disponibilizaram, com generosidade, e às suas casas e sobretudo os seus corações. Tantos foram os sinais de Deus que por vezes custa perceber como é tão fácil fazer sobressair as dificuldades e como é tão fácil ceder à desistência.

Muito obrigado às famílias de acolhimento, pois através de vós, vivemos esta esta experiência riquíssima para as nossas vidas e para a nossa paróquia. Obviamente, que estamos gratos a todos os que quiseram, mas não puderam, desta vez, ajudar nesta missão.

Foram dias intensos. A 26 de julho, quarta-feira, o acolhimento e distribuição pelas famílias. No dia seguinte, depois da oração da manhã, a caminhada ao Santuário do Sabroso, almoço no Lar de Barcos, e tarde cultural confiada à Câmara, com visita ao posto de Turismo, sabendo mais sobre o RIJOMAX, a receção no salão nobre da Câmara, pela Sra. Presidente e outros elementos do executivo camarário e visita à quinta do Monte Travesso. O dia terminou com a celebração da Eucaristia.

Na sexta-feira, 28 de julho, tempo de voluntariado e missão, distribuído pelos lares de Sendim, Barcos e de Tabuaço, com todos a confluir para o almoço, na Escola, seguindo-se uma tarde de distensão nas Piscinas Municipais, juntamente com os peregrinos de Moimenta da Beira e de Cabaços e seus jovens, terminando a tarde com a Eucaristia, para os dois grupos (Tabuaço e Moimenta), presidida por um Bispo polaco. À noite, a Via-sacra que nos levou da Igreja ao Calvário, completando, através das letras e das palavras, das medições e dos cânticos, a palavra APRESSSADAMENTE, na correspondência ao lema da Jornada Mundial.

O sábado juntou todos os peregrinos acolhidos na Diocese de Lamego, e os nossos peregrinos diocesanos e/ou famílias de acolhimento, no Santuário da Lapa. Durante a tarde, para os grupos de Sernancelhe, Vila Nova de Paiva, Moimenta e Tabuaço, a visita a são Salvador do Mundo e ao Castelo de Penedono, finalizando a tarde com a celebração da santa Missa na Igreja Matriz de Vila da Rua. Os mesmos seguiram para uma churrascada em Moimenta da Beira, ao qual se seguiu o convívio popular-tradicional. Por questões de logística, o grupo de peregrinos de Tabuaço regressou a casa.

Como expectável, o dia 30 de julho, Domingo, começou com a Eucaristia dominical. O almoço foi em casa das famílias de acolhimento. Enquanto os nossos prepararam a sardinhada, os peregrinos participaram na Ronda da Rua Velha, em Guedieiros, regressando para a sardinhada, no Jardim Conde Ferreira, depois do habitual tempo de oração, reflexão e partilha. À noite, a Procissão das Velas, em honra de Nossa Senhora de Fátima.

E chegou a segunda-feira, 31 de julho, em que tivemos de nos despedir daqueles que quisemos que se sentissem em casa. Depois da oração da manhã e da despedida, partiram e partimos para o encontro diocesano, na Carreira Central da Mata dos Remédios, com a celebração da santa Missa do Envio. Os peregrinos foram servidos por farnel preparado pelo COD e deslocaram-se para Lisboa durante a tarde; nós regressámos a Tabuaço, pois no dia seguinte seria a vez de alguns partirem rumo à JMJ.

Estes dias foram possíveis com a ajuda prestimosa de muitas pessoas. Com as famílias, em primeiro lugar, e com todos os que disponibilizaram tempo para estar, participar e ajudar. E foram tantos e tão grandes os gestos e a generosidade, uns mais visíveis e outros mais discretamente, mas todos foram essenciais. Também assim as instituições. Desde logo a Câmara, que respondeu favoravelmente a tudo quanto solicitámos, mesmo no stresse do momento, aos Lares de Sendim, de Barcos e de Tabuaço, à Guarda Nacional Republicana e aos Bombeiros Voluntários de Tabuaço, à Junta de Freguesia, e às casas comerciais, que colaboram com alegria e generosidade. A cada um que se deixou inspirar pelo momento, pela fé, por Deus e veio com tudo, com alegria e vontade de fazer, de trabalhar, de ajudar.

A comunidade paroquial é o berço de todo o trabalho pastoral. É em comunidade que acolhemos e é a comunidade que se une para celebrar, para agradecer, para ajudar. Cada um com os seus talentos e os seus dons, mas em comunidade, todos, em conjunto, para juntos caminharmos como família. Podem preparar-se muitas celebrações, encontros, confraternização, angariação de fundos, trabalho de quem dá a cara, mas tudo isso só é viável e concretizável se a comunidade responder favoravelmente e os seus membros aderirem às solicitações, dando e dando-se. Muitíssimo obrigado e que Deus vos compense por todo o bem. Estou convencido que os que mais deram foram os que mais receberam. E, por outro lado, sei, com segurança, que alguns queriam de coração estar mais, ajudar mais, usufruir mais. Que o Senhor nos inspire e nos conceda outras oportunidades para O fazermos ver.

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