Primeira sessão da Escola da Fé no ano pastoral 2019-2020

A sinodalidade da Igreja na primeira sessão da Escola de Fé, em sintonia com o Plano Pastoral Diocesano, 2019-2020

No dia 25 de outubro, sexta-feira, realizou-se a primeira sessão da Escola da Fé neste novo ano pastoral, 2019-2020, que tem como referência a sinodalidade da Igreja – Igreja de Lamego (Igreja de Tabuaço) em caminho e em comunhão.

Esta primeira sessão foi orientada pelo Pe. Jorge Giroto, tendo como apoio o texto sobre os discípulos de Emaús (Lc 24, 13-34). Depois da clarificação do termo “sínodo” – fazer caminho juntos -, com outros termos similares como Concílio, comunhão, ou a noção de Igreja (= assembleia), a certeza de uma Igreja a fazer-se, conforme acentua a Carta Pastoral de D. António Couto: “a sinodalidade é um estilo de vida, uma maneira de viver, um processo em que se entra, não para atingir um determinado objetivo, uma meta, um resultado, porque o processo é já o resultado. «O processo é o resultado»! A sinodalidade não é uma coisa a fazer na Igreja, mas é a Igreja a fazer-se. Viver em modo de sínodo é viver em modo de peregrinação, em modo de oração, em modo de comunhão, em modo de participação, em modo de conciliação, em modo de irmão”.

No encontro de Jesus com os discípulos de Emaús verifica-se como Jesus os encontra no caminho, a caminhar, como Lhes fala e como não O reconhece à primeira vista, mas só quase no final, ao partir do pão. Então, vários elementos presentes: o caminho, o acolhimento, o diálogo, que exige escuta, atenção, a Palavra de Deus, a descoberta de Jesus, a Eucaristia, o anúncio festivo do encontro, os discípulos reunidos “em assembleia”.

Num trabalho mais pessoal, e como conclusão, foi sugerido aos presentes nesta escola da fé que indicassem 5 atitudes fundamentais para uma Igreja Sinodal. Foram indicadas várias: escuta, alegria, diálogo, participação, amizade, comunhão, criatividade, união, caminho, arriscar, serviço, dedicação, crer, orientação… É preciso que todos sejam escutados, padres e leigos. Se só um decide, só um faz. Não é uma democracia, na medida em que há diferentes instâncias de decisão, mas no que é possível sugerir e decidir, e propor, todos devem participar, formular a sua opinião, submetê-la aos outros. Isso é que é ser Igreja. Se eu sugiro e batalho pela ideia que proponho… não é difícil! Mais difícil é acolher a ideia dos outros, e quando escolhida pelo todo, e fazer com que essa proposta se torne minha, se torne nossa.

A sinodalidade é um processo, um caminho, é a Igreja a fazer.

Novo encontro marcado para o dia 22 de novembro, a sinodalidade vista a partir do Concílio de Jerusalém.