PASTORAL FAMILIAR

família

A pastoral familiar integra a Pastoral do Povo de Deus. Com efeito, qualquer celebração, ação de formação, de encontro ou de convívio tem por finalidade enriquecer a comunidade e integrar os grupos e as pessoas. Para chegar a todos, é necessário concretizar com espaços e tempos, com pessoas e com grupos concretos.

Nesta secção damos destaque sobretudo ao enquadramento e à necessidade de preparação para os Sacramentos do Batismo e do Matrimónio. Claro que a Pastoral Familiar é muito mais abrangente, nomeadamente na preparação de outros sacramentos e de outras celebrações. A Catequese Paroquial também integra a família das crianças, dos adolescentes e dos jovens, como primeiro espaço de catequese.

1 – Preparação para o Sacramento do Batismo de crianças

. 1.1 – Fundamentação bíblia
. 1.2 – Aos Pais cristãos
. 1.3 – Batizar, quando?
. 1.4 – Documentação necessária
. 1.5 – O que é necessário para ser Padrinho
. 1.6 – Alguns conselhos práticos
. 1.7 – Encontros de Preparação
. 1.8 – Marcação da celebração
. 1.9 – Local da Celebração
. 1.10 – Cédula de Vida Cristã
. 1.11 – O batismo de Pessoas adultas

2 – Preparação para o Sacramento do Matrimónio cristão

. 2.1 – Notas sobre matrimónio e a necessidade de formação
. 2.2 – Preparação remota, preparação próxima, preparação da celebração
. 2.3 – Marcação
. 2.4 – Local da Celebração
. 2.5 – O que é necessário para o Processo de Matrimónio católico
. 2.6 – Dados para o Assento do Matrimónio
. 2.7 – Grupo coral /música na celebração
. 2.8 – Serviço fotográfico
. 2.9 – Ornamentação da Igreja

1 – Preparação para o Sacramento do Batismo de crianças


1.1 – Fundamentação bíblia

Jesus é batizado por João Batista no rio Jordão (Mt 3,13-17; Mc 1,9-11; Lc 3,21-22; Jo 1, 31-34), ainda que este seja um Batismo preparatório, de apelo à conversão, sinal e expressão de penitência. Em tudo igual a nós, exceto no pecado, Jesus não tinha necessidade de ser batizado, mas fá-lo para que se cumpra toda a justiça, como o refere a João, isto é, para que em nada fique à margem do povo, mas em tudo Se identifique connosco.

Então, veio Jesus da Galileia ao Jordão ter com João, para ser batizado por ele. João opunha-se, dizendo: «Eu é que tenho necessidade de ser batizado por ti, e Tu vens a mim?» Jesus, porém, respondeu-lhe: «Deixa por agora. Convém que cumpramos assim toda a justiça.» João, então, concordou.

Uma vez batizado, Jesus saiu da água e eis que se rasgaram os céus, e viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e vir sobre Ele. E uma voz vinda do Céu dizia: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado.» (Mt 3, 13-17)

Também os discípulos de Jesus batizam (cf. Jo 4, 1-2). Este batismo é sobretudo um gesto, uma preparação. O batismo com que Jesus há de ser batizado é batismo de sangue, é a Sua morte e ressurreição. A partir de então seremos batizados na Sua paixão redentora, mortos para o pecado, para ressuscitarmos, por ação do Espírito Santo, novas criaturas, membros do Corpo de Cristo que é a Igreja.

Os Evangelhos acentuam o início da vida pública de Jesus após o Seu batismo no rio Jordão, ainda que não coincidam em pleno. Parece que o Batismo insere Jesus numa dinâmica de pregação, de anúncio do Reino de Deus. Após a prisão de João Batista, Jesus vai anunciar o Evangelho para a Galileia, por onde se mantém. Regressará à Judeia, após a morte de João Batista.

Após a morte e ressurreição, Jesus envia os Seus discípulos a pregar o Evangelho, a ensinar, a fazer discípulos de todas as nações, e a batizar em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

«Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado. E sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos» (Mt 28, 19-20).

«Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for batizado será salvo; mas, quem não acreditar será condenado» (Mc 16,15-16)

São Lucas, no Livro dos Atos dos Apóstolos, narra a conversão de centenas de pessoas, após o Pentecoste e a pregação de Pedro:

Ouvindo estas palavras, ficaram emocionados até ao fundo do coração e perguntaram a Pedro e aos outros Apóstolos: «Que havemos de fazer, irmãos?»

Pedro respondeu-lhes: «Convertei-vos e peça cada um o batismo em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos seus pecados; recebereis, então, o dom do Espírito Santo. Na verdade, a promessa de Deus é para vós, para os vossos filhos, assim como para todos os que estão longe: para todos os que o Senhor nosso Deus quiser chamar.» 40Com estas e muitas outras palavras, Pedro exortava-os e dizia-lhes: «Afastai-vos desta geração perversa.» Os que aceitaram a sua palavra receberam o batismo e, naquele dia, juntaram-se a eles cerca de três mil pessoas. (Atos 2, 37-41).

No diálogo com Nicodemos, podemos encontrar a “necessidade” do batismo, do nascer de novo, pela água e pelo Espírito.

Disse-lhe Jesus: «Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer do Alto não pode ver o Reino de Deus.» Perguntou-lhe Nicodemos: «Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura poderá entrar no ventre de sua mãe outra vez, e nascer?»

Jesus respondeu-lhe: «Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. Aquilo que nasce da carne é carne, e aquilo que nasce do Espírito é espírito. Não te admires por Eu te ter dito: ‘Vós tendes de nascer do Alto.’ O vento sopra onde quer e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito» (Jo 3, 3-8).

1.2 – Aos Pais cristãos:

Pelo Matrimónio cristão, sois chamados a ser, na terra, colaboradores de Deus na obra da criação. O vosso filho(a) é para vós uma alegria e uma bênção que vem enriquecer o vosso lar.

Apresentai-lo agora à Igreja, para que pelo BATISMO se torne discípulo de Jesus Cristo e cresça na graça de Deus.

Mas não é apenas um dever ou uma tradição, é um compromisso que deveis assumir convosco de dar o melhor aos vossos filhos, ajudando-os a crescer em todas as dimensões da vida.

O vosso primeiro cuidado como cristãos será, portanto, educar o vosso filho como um batizado o deve ser, isto é, bom cristão.

Pedis o Batismo para o vosso filho, e, como consequência, assumis a sua educação, dando-lhe o testemunho, dia a dia, do vosso ser e viver cristãos.

1.3 – Batizar, quando?

Os pais têm obrigação de procurar que as crianças sejam batizadas dentro das primeiras semanas. Logo após o nascimento, ou até antes deste, vão ter com o pároco, peçam-lhe o Sacramento para o filho e preparem-se devidamente para ele.

Se a criança se encontrar em perigo de vida, seja batizada sem demora. (Cân. 867) 

1.4 – Documentação necessária:

  • Se um dos pais é paroquiano, ou ambos, só precisam de preencher a ficha de inscrição, o que pode ser feito por ocasião dos encontros de preparação.
  • Se o batizando é originário de outra paróquia, os pais devem solicitar à Paróquia de origem, por intermédio do respetivo pároco, a devida autorização/pedido da Batismo noutra Paróquia, e apresentar a Atestação da Diocese a sancionar a alteração do lugar de batismo.
  • Os Padrinhos que não sejam paroquianos, isto é, que não residam na paróquia onde se celebra o Batismo, devem trazer do seu pároco uma DECLARAÇÃO DE IDONEIDADE.

1.5 – O que é necessário para ser Padrinho:

1) “Dê-se, quanto possível, ao batizando, um padrinho, cuja missão é assistir na iniciação cristã ao adulto batizando, e, conjuntamente com os pais, apresentar ao batismo a criança a batizar e esforçar-se por que o batizado viva uma vida cristã consentânea com o batismo e cumpra fielmente as obrigações que lhe são inerentes.” (Cânone 872)

2) “Haja um só padrinho ou uma só madrinha, ou então um padrinho e uma madrinha.” (Cânone 873)

3) “§ 1. Para alguém poder assumir o múnus de padrinho, requer-se que:

1.º Seja designado pelo próprio batizando, ou pelos pais ou por quem faz as vezes destes, ou, na falta deles, pelo Pároco ou ministro, e possua aptidão e intenção de desempenhar este múnus;

2.º Tenha completado dezasseis anos de idade…;

3.º Seja católico, Confirmado e já tenha recebido a Santíssima Eucaristia e leve uma vida consentânea com fé e o múnus que vai desempenhar¨*;

4.º Não esteja abrangido por nenhuma pena canónica legitimamente aplicada ou declarada”

5.º Não seja o pai ou a mãe do batizando”

“§ 2. Um batizando pertencente a uma comunidade eclesial não católica só se admita juntamente com um padrinho católico e apenas como testemunha do batismo” (Cânone 874).

* Casados apenas civilmente, ou em união de facto, ou divorciados recasados, não podem ser padrinhos/madrinhas.

1.6 – Alguns conselhos práticos:

  • A criança venha ao colo da Mãe, pois aos pais pertence apresentá-la, na Igreja, à comunidade dos filhos de Deus.
  • Os vestidos devem abrir-se com facilidade, para a unção no peito.
  • O Batismo “reveste-nos de Jesus Cristo”. Para simbolizar esta realidade, a utilização da veste branca.
  • Trazei uma Vela de cera, se possível com a data gravada, cuja chama simboliza a fé pedida e recebida no Batismo. Será, pela vida além, uma bela recordação deste dia e deverá servir para a Comunhão Solene de Profissão de Fé…

1.7 – Encontros de Preparação

Os pais e os padrinhos deverão participar nos encontros organizados pela Paróquia, para refletirem, juntamente com outros pais e padrinhos, na riqueza e nas exigências do Batismo. A marcação será feita de acordo com os pais e o pároco.

1.8 – Marcação da celebração

Em qualquer momento e por qualquer via, pessoalmente, através de familiares, através de contacto telefónico, via correio eletrónico ou redes sociais. Muito útil também o formulário que que se encontra na página da Paróquia: CONTACTOS.

As datas e o horários terão em conta os horários da paróquia e/ou do pároco, nomeadamente as celebração das Missas paroquiais (Tabuaço, Távora, Pinheiros, Carrazedo), ou outras marcações anteriores.

1.9 – Local da Celebração

É por excelência a Igreja Matriz.

A realização do Batismo nas Capelas Paroquiais – Santa Bárbara, São Vicente, São Plácido – também é possível, mediante a devida autorização a solicitar à Diocese e com os respetivos cargos inerentes.

1.10 – Cédula de Vida Cristã

No final das assinaturas no livro de registos será entregue aos pais uma cédula comprovativa do Batismo celebrado, com os dados necessários para, mais tarde e se necessário, solicitar a Certidão de Batismo ou outra declaração. A Cédula de Vida cristã servirá também para anotar os dados da Primeira Comunhão, da celebração do Crisma, do Matrimónio cristão.

1.11 – O batismo de Pessoas adultas

O batismo deve ser conferido na idade infantil. É como a educação e a alimentação. Damos aos filhos o que achamos melhor, ainda que com a idade venham ou não a seguir os conselhos que lhes damos ou as ferramentas que lhes proporcionamos. Ninguém espera que seja um bebé a decidir o que quer comer ou quando deseja ir para a escola ou que disciplinas quer frequentar.

Ainda assim, não sendo batizados em crianças, podem os próprios solicitar o Batismo e a inserção à comunidade cristã.

As crianças que atinjam a idade da catequese e ainda não estejam batizadas devem informar o pároco de forma a fazer-se a preparação do batismo para o mesmo dia da Primeira Comunhão (três anos de catequese) ou para uma data anterior.

O batismo de adultos tem uma dinâmica própria. A preparação far-se-á ao longo de três anos – catecumenato –, inserindo-se progressivamente na vida da paróquia, podendo e devendo a celebração fazer-se na Vigília Pascal. Durante os Domingos da Quaresma, anteriores à celebração do Batismo, far-se-ão os escrutínios, gestos e ritos de apresentação/inserção do catecúmeno na vida da Igreja.

O batismo faz parte dos Sacramentos de Iniciação Cristã – Batismo, Crisma, Eucaristia. O adulto batizado deve celebrar, quanto possível, o Crisma e a Eucaristia (Primeira Comunhão). Para estes batismos requer-se a autorização do Bispo da Diocese de Lamego, que pode reservar para Si a celebração ou dar a faculdade ao respetivo pároco ou a um sacerdote por Si designado.

2 – Preparação para o Sacramento do Matrimónio cristão

2.1 – Notas sobre matrimónio e a necessidade de formação

A Igreja realizou duas Assembleias Sinodais de Bispos sobre a temática da família. Depois de auscultar as paróquias do mundo inteiro, de estudar e refletir as problemáticas ligadas à família, a reunião sinodal para aclarar sugestões e propostas, para apontar caminhos, tendo em conta o mundo atual e as dificuldades encontradas, e a vivência dos valores do Evangelho.

Após os Sínodos, o Papa Francisco dirigiu a toda a Igreja e às pessoas de boa vontade uma Exortação Apostólica, Amoris Laetitia (A Alegria do Amor) em que reflete a importância da família, as dificuldades e os perigos, convocando-nos para encontrar momentos, tempos, para caminharmos em família. O matrimónio é a primeira oportunidade para um compromisso mais efetivo com a família.

“A ALEGRIA DO AMOR, diz o Papa, que se vive nas famílias é também o júbilo da Igreja. Apesar dos numerosos sinais de crise no matrimónio – como foi observado pelos Padres sinodais – «o desejo de família permanece vivo, especialmente entre os jovens, e isto incentiva a Igreja… o anúncio cristão sobre a família é verdadeiramente uma boa notícia…» (1-2).

No capítulo 3, sobretudo nos números 71 a 75, o Papa enquadra o Sacramento do Matrimónio como oportunidade e bênção, como desafio e compromisso, partindo da Bíblia e da Tradição da Igreja: “Jesus, que tudo reconciliou em Si mesmo e redimiu o homem do pecado, não só voltou a levar o matrimónio e a família à sua forma original, mas também elevou o matrimónio a sinal sacramental do seu amor pela Igreja (cf. Mt 19, 1-12; Mc 10, 1-12; Ef 5, 21-32). Na família humana, reunida em Cristo, é restaurada a “imagem e semelhança” da Santíssima Trindade (cf. Gn 1, 26), mistério donde brota todo o amor verdadeiro. O matrimónio e a família recebem de Cristo, através da Igreja, a graça para testemunhar o Evangelho do amor de Deus” (71).

“O sacramento [do Matrimónio] é um dom para a santificação e a salvação dos esposos, porque «a sua pertença recíproca é a representação real, através do sinal sacramental, da mesma relação de Cristo com a Igreja. Os esposos são, portanto, para a Igreja a lembrança permanente daquilo que aconteceu na cruz; são um para o outro, e para os filhos, testemunhas da salvação, da qual o sacramento os faz participar». O matrimónio é uma vocação, sendo uma resposta à chamada específica para viver o amor conjugal como sinal imperfeito do amor entre Cristo e a Igreja. Por isso, a decisão de se casar e formar uma família deve ser fruto dum discernimento vocacional” (72).

No capítulo seguinte – o amor no Matrimónio – o Papa parte do texto de São Paulo para sublinhar alguns dos aspetos a considerar na vida matrimonial: “No chamado hino à caridade escrito por São Paulo, vemos algumas características do amor verdadeiro:

«O amor é paciente, o amor é prestável; não é invejoso, não é arrogante nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, nem guarda ressentimento, não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta» (1Cor 13, 4-7). Isto pratica-se e cultiva-se na vida que os esposos partilham dia-a-dia entre si e com os seus filhos» (n.º 90).

A preparação para o Matrimónio é sublinhada sobretudo no capítulo 6 – Algumas perspetivas pastorais – com interpelações refletidas pelo Papa tendo em conta a doutrina da Igreja, o contexto atual e os desafios locais.

“Habitualmente, são muito úteis os grupos de noivos e a oferta de palestras opcionais sobre uma variedade de temas que realmente interessam aos jovens. Entretanto são indispensáveis alguns momentos personalizados, dado que o objetivo principal é ajudar cada um a aprender a amar esta pessoa concreta com quem pretende partilhar a vida inteira. Aprender a amar alguém não é algo que se improvisa, nem pode ser o objetivo dum breve curso antes da celebração do matrimónio. Na realidade, cada pessoa prepara-se para o matrimónio, desde o seu nascimento. Tudo o que a família lhe deu, deveria permitir-lhe aprender da própria história e torná-la capaz dum compromisso pleno e definitivo. Provavelmente os que chegam melhor preparados ao casamento são aqueles que aprenderam dos seus próprios pais o que é um matrimónio cristão, onde se escolheram um ao outro sem condições e continuam a renovar esta decisão. Neste sentido todas as atividades pastorais, que tendem a ajudar os cônjuges a crescer no amor e a viver o Evangelho na família, são uma ajuda inestimável a fim de que os seus filhos se preparem para a sua futura vida matrimonial. Também não devemos esquecer os valiosos recursos da pastoral popular. Só para dar um exemplo simples, lembro o Dia de São Valentim, que, em alguns países, é melhor aproveitado pelos comerciantes do que pela criatividade dos pastores” (n.º 208).

“Tanto a preparação próxima como o acompanhamento mais prolongado devem procurar que os noivos não considerem o matrimónio como o fim do caminho, mas o assumam como uma vocação que os lança para diante, com a decisão firme e realista de atravessarem juntos todas as provações e momentos difíceis. Tanto a pastoral pré-matrimonial como a matrimonial devem ser, antes de mais nada, uma pastoral do vínculo, na qual se ofereçam elementos que ajudem quer a amadurecer o amor quer a superar os momentos duros” (n.º 211)

“Queridos noivos, tende a coragem de ser diferentes, não vos deixeis devorar pela sociedade do consumo e da aparência. O que importa é o amor que vos une, fortalecido e santificado pela graça. Vós sois capazes de optar por uma festa austera e simples, para colocar o amor acima de tudo” (n.º 212)

2.2 – Preparação remota, preparação próxima, preparação da celebração

Toda a comunidade é responsável por acolher e ajudar na preparação matrimonial. O papa sublinha a importância do ambiente na família, pois desde o berço que a criança se prepara ou é preparada, do mesmo modo a comunidade cristã ajuda as crianças, os adolescentes, os jovens a viver e a seguir dos ideais do Evangelho, passando pelo clima de família que se cria nas comunidades, entre cristãos, seja pelo testemunho dos casais cristãos. Na adolescência e na juventude, a comunidade deve procurar momentos específicos para os jovens, para valorizar as opções vocacionais. O Papa refere, por exemplo, a valorização do Dia de São Valentim, congregar adolescentes e jovens em dinâmicas que valorizem o compromisso matrimonial, tendo como base o amor; encontros de namorados cristãos, pode ser outra oportunidade.

Há depois a preparação mais próxima para o Matrimónio. Existem os Cursos de Preparação para o Matrimónio (CPM’s). Na nossa Diocese de Lamego existem dois grupos formados, nas paróquias da cidade Lamego, Sé e Almacave, e na Zona Pastoral de Cinfães. As outras Zonas Pastorais e/ou Arciprestados podem recorrer a estes dois centros, ou, no futuro, criar equipas que possam levar a efeito os referidos cursos.

Em alternativa, organizam-se, como na nossa paróquia, reuniões de preparação do Matrimónio e da celebração do mesmo, tendo em conta, por um lado, a escassez de matrimónios, pelo que a organização de CPM’s se tornaria impraticável, pelo menos ao nível paroquial, e, por outro, o facto de alguns matrimónios serem originários de emigrantes que só se apresentam na Paróquias no ano anterior para agendar a data e iniciar o processo religioso e uns dias antes da celebração matrimonial. Ainda assim, a possibilidade da realização do CPM nos países em que se encontram emigrados.

2.3 – Marcação

Em qualquer momento e por qualquer via, pessoalmente, através de familiares, através de contacto telefónico, via correio eletrónico ou redes sociais. Muito útil também o formulário que que se encontra na página da Paróquia: CONTACTOS.

As datas e o horários terão em conta os horários da paróquia e/ou do pároco, nomeadamente as celebração das Missas paroquiais (Tabuaço, Távora, Pinheiros, Carrazedo), ou outras marcações anteriores.

2.4 – Local da Celebração

É por excelência a Igreja Matriz.

A realização do Matrimónio nas Capelas Paroquiais – Santa Bárbara, São Vicente, São Plácido – também é possível, mediante a devida autorização a solicitar à Diocese e com os respetivos cargos inerentes.

2.5 – O que é necessário para o Processo de Matrimónio católico

Um dos noivos terá que residir na paróquia onde se organiza o Matrimónio. Se nenhum reside, podem organizar o processo noutra paróquia e enviar, neste caso, à Paróquia de Tabuaço, a Atestação vinda da Diocese e a Declaração (civil) para Casamento Católico, caso sejam solteiros, ou fotocópia do Assento de Casamento Civil, caso sejam casados civilmente.

Se são solteiros, devem dirigir-se à Conservatória (ou ao Consulado português, caso sejam emigrantes) e manifestar o interesse de casarem pela Igreja, solicitando a respetiva Declaração para Casamento. Não há dois casamentos, o casamento católico é validado civilmente, após o Matrimónio e a entrega do duplicado do Assento de Casamento Católico na respetiva conservatória.

Para os noivos já casados civilmente, bastará a fotocópia (autenticada) do Assento de Casamento Civil.

Para o Processo religioso, há um questionário a preencher/responder presencialmente diante o pároco ou, sendo impossível, diante de um sacerdote previamente contactado pelo pároco.

Outros documentos necessários: se foram batizados na Paróquia da Tabuaço, ou nas paróquias que estão confiadas ao pároco (Pinheiros, Carrazedo, Távora) e sempre residiram em Tabuaço, não precisam de nada.

Se foram batizados em Tabuaço (ou numa das outras paróquias referidas), mas residiram noutras localidades, a partir dos 14 anos, por um ano ou mais, devem trazer declarações de Estado livre de cada localidade, ainda que tais declarações, se for com tempo, possam ser solicitadas pelo pároco aquando do questionário.

Se não foram batizados em Tabuaço (ou nas paróquias referidas), terão que trazer a declaração/certidão de batismo. O mesmo se refira em relação à residência.

Para os noivos que estão emigrados, o processo é idêntico, podendo ser organizado no país em que se encontram. A Atestação será envida à Diocese de Lamego, que, por sua vez, enviar/emitirá Atestação a apresentar na Paróquia de Tabuaço.

2.6 – Dados para o Assento do Matrimónio

O processo religioso (com a Atestação) e a Declaração para Casamento Católico (ou Assento de Matrimónio Civil), contêm os DADOS necessários para se lavrar o respetivo ASSENTO e preparar o Duplicado de Casamento Católico a enviar à Conservatória, a fim de validar civilmente o respetivo Matrimónio.

Para as Testemunhas do Matrimónio: Nome, Estado Civil, Data de Nascimento, Número do Cartão de Cidadão ou do Bilhete de Identidade (validade), Residência.

2.7 – Grupo coral /música na celebração

A liturgia sacramental pode ser solenizada através da animação coral. Será recomendado escolher um grupo que esteja identificado com a vivência cristã e com os cânticos de cariz religioso. Por conseguinte, aconselha-se o envio prévio do reportório dos cânticos.

Na Paróquia de Tabuaço existem também grupos corais que podem assegurar este serviço pastoral: Grupo de Jovens de Tabuaço, Grupo Coral Infanto-Juvenil, Grupo Coral Adulto. Condições para a participação coral destes grupos: ver o submenu Grupos e Movimentos(Grupo Infanto-Juvenil).

2.8 – Serviço fotográfico

O serviço dos fotógrafos é importante para os noivos, suas famílias e amigos, para assegurar o registo de um dos momentos mais importantes das suas vidas. Pede-se aos fotógrafos, como é expectável, que não sejam o centro nem substituam a dinâmica da celebração. O foco há de estar na liturgia com papel preponderante dos nubentes.

2.9 – Ornamentação da Igreja

A Igreja está sempre ornamentada para as celebrações litúrgicas, especialmente aos sábados, domingos e dias santos, com arranjos florais que denotam gosto, sobriedade e beleza, enquadramento.

Os noivos ou as suas famílias pretendam arranjar a Igreja com um cunho mais pessoal, devem informar atempadamente o pároco e/ou a zeladora, para que não haja sobreposição de trabalhos e de gastos.