Missa (NOVA) do Diogo Martinho, em Tabuaço

Ordenado no dia 7 de julho e com a tradicional “Missa Nova” no domingo seguinte, 14 de julho, na sua terra natal, Gosende, o neo-sacerdote, durante a semana, foi celebrando Eucaristia nas paróquias onde esteve comprometido pastoralmente ao longo dos últimos anos do Seminário. Na Paróquia de Tabuaço celebrou Missa “nova” no dia 12 de julho, sexta-feira, com paroquianos das 4 paróquias sob a mesma orientação pastoral, Tabuaço, Pinheiros, Távora e Carrazedo.

No início da Eucaristia, palavras de acolhimento, de louvor e de gratidão a Deus por nos ter dado a oportunidade de partilharmos a fé e condividirmos a vida, nos laços que nos aproximam como cristãos e na amizade que se foi cimentando no ano pastoral 2016/2017.

Na homilia, o Pe. Diogo aproveitou para sublinhar valores que foi descobrindo nas gentes das quatro comunidades, os laços criados, a vivência da fé, o acolhimento e tantos momentos vividos em comunidade. O Evangelho falava do envio dos apóstolos como cordeiros para o meio de lobos, não o caso das pessoas boas de Pinheiros, Carrazedo, Távora e Tabuaço, mas o envio para levar o Evangelho, testemunhando-o em todas as circunstâncias.

No momento da ação de graças um pequeno “resumo” desta parte do caminho feita em conjunto: “No ano pastoral de 2016/2017, acolhemos-te como um de nós, cristão connosco, a caminhar entre nós, como seminarista, vieste para aprender, para viver, para testemunhar a fé, para nos envolveres na tua caminhada. Aprendemos a receber a tua alegria e entusiasmo.

Dois anos depois, 2018/2019, tivemos a alegria de ter entre nós, novamente, um seminarista, o João Miguel. A um e outro procurámos acolher de tal forma que vos sentisses em vossa casa, ou melhor que fizesses deste espaço pastoral a vossa casa e a vossa família.

No início de outubro de 2016, iniciámos um caminho que quisemos fosse de encontro, de afeto e de proximidade. Procurámos dar, darmo-nos, quisemos que fizesses parte das nossas vidas. E o perfume da amizade permanece. Demos e recebemos. Há sempre mais alegria em dar do que em receber, mas também no receber está a beleza da humildade e a grandeza agradecida de quem sabe apreciar o que vem do outro… A festejar e a agradecer o dom da tua vida, da tua vocação e do teu ministério sacerdotal, unindo-nos em oração, e invocando de Deus as maiores bênçãos para o caminho que tens pela frente.

Aqui, nesta casa, que é de todos, Igreja Matriz de Tabuaço, viemos de nossas casas, das quatro comunidades paroquiais unidas pela mesma responsabilidade pastoral – Tabuaço, Távora, Pinheiros e Carrazedo –, para sermos uma só casa e uma só família, deixando-nos iluminar pela amizade que vem de Deus e se traduz na vida condividida, na fé amadurecida e partilhada”.

Também nesse momento a oferta uma estola com motivos marianos. “A estola evoca a dignidade devolvida ao filho pródigo, evoca a alegria e a festa; aponta para as ovelhas e o Pastor, o Bom Pastor que carrega a ovelha aos ombros, sobretudo a ovelha ferida, em sofrimento. Esse é também o ministério do sacerdote, comungar a dor e os sofrimentos, as alegrias e as esperanças do povo a quem é enviado para levar Jesus. Como é usada sobre o pescoço assemelha-se a um jugo – as pessoas de Cotelo bem sabem o que é um jugo, parelha ou canga – o jugo suave de Jesus, ou seja, a missão sacerdotal de congregar, de reunir, de ajudar… Mas é uma estola mariana, porque esta Igreja é especialmente dedicada a Maria, a Imaculada Conceição, Mãe de Jesus e Mãe nossa, para que no Seu colo, no Seu manto, no Seu regaço encontremos sempre a luz, o amor, a fé, o cuidado para nos sentirmos amados, confiantes e fortalecidos para caminhar e com Ela aprendermos que o carinho, o amor e a carícia são o meio para descobrirmos Jesus e de nos tornarmos família”.

No final da Eucaristia, as pessoas tiveram a oportunidade de saudar o mais recente sacerdote da Diocese de Lamego. Seguiu-se, no centro paroquial, um lanche ajantarado para a toda a comunidade, para o Padre Diogo e alguns familiares e para o seminarista, João Miguel, que tal como o Diogo, esteve envolvido pastoralmente o referido espaço pastoral, mas neste caso, no último ano pastoral (2018/2019).

Um final de tarde diferente, de encontro e de festa, de celebração da fé, de compromisso em Igreja, procurando que o chamamento sempre nos transforme em enviados.