Este ano, devido à crise pandémica que vivemos, a Semana Santa foi celebrada de forma um pouco diferente do habitual, ainda assim, melhor do que no ano anterior em que não houve lugar a qualquer tipo de celebração. Mas, uma coisa é certa, a fé, a alegria e a esperança que nos moveram foram, sem sombra de dúvida, as mesmas de sempre, porventura, até maiores!!
Assim, e cumprindo todas as recomendações da DGS e da CEP, iniciámos esta Semana Santa ou Semana Maior, a semana mais importante de toda a nossa caminhada de preparação para o grande dia da ressurreição de Jesus – domingo de Páscoa – com a bênção dos ramos, na Igreja Paroquial, durante a Eucaristia, onde foi feita a narrativa da paixão de Cristo e através da qual conhecemos todo o sofrimento vivido por Jesus, desde o Horto das Oliveiras até à crucificação no alto do calvário. Ainda neste dia, domingo de ramos, encontrámo-nos, de novo, na Igreja Paroquial, pelas 21 horas, para a Oração/ Meditação da Via sacra, seguindo de perto a proposta da “Via Crucis – Encontro com Jesus no caminho da Cruz na nossa vida e na nossa história”, de Tomás Halík, padre católico e teólogo checo.
O Tríduo Pascal teve início com a celebração da Ceia do Senhor, na quinta-feira Santa, em que, tornando presente os momentos da Última Ceia, nos deixamos envolver no ambiente vivido horas antes da prisão de Jesus.
Sexta-feira Santa celebramos a Paixão e Morte de Jesus. A Liturgia da Palavra deste dia, sem canto e sem música, ajuda-nos a compreender o verdadeiro sentido da cruz de Cristo. Ao iniciar a Liturgia da Palavra, o Sr. Padre Manuel prostrou-se de rosto por terra, rezando em silêncio.
Porém, não é um dia de luto, mas de profundo respeito e meditação diante da Morte do Senhor, que, ao morrer, foi vitorioso e trouxe a salvação para todos.
Nesta noite o momento mais alto é a adoração da Cruz onde Cristo está crucificado, que é destapada para adoração.
A celebração anual da Morte e Ressurreição do Senhor tem o seu ponto culminante na Vigília Pascal.
A Vigília Pascal tem quatro partes fundamentais: Liturgia da Luz, da Palavra, do Batismo e da Eucaristia.
Após a bênção do lume novo, fora da Igreja, e o acender do Círio Pascal, símbolo de Cristo crucificado e Ressuscitado, princípio e fim de todas as coisas, Senhor do tempo e da história, cada um dos presentes acendeu a sua vela iluminando a Igreja. A iluminação da vela da Páscoa, numa Igreja ás escuras, simboliza Jesus, nossa única Luz.
Seguiu-se a Liturgia da Palavra que nesta noite se nos apresenta muito rica nos sinais, nos gestos e nos símbolos.
A Páscoa é um convite a olhar para a frente, a começar tudo de novo, com determinação e coragem. Assim, que o nosso olhar se encha de luz, como o das mulheres que viram o sepulcro vazio e o Filho de Deus Ressuscitado e que possamos numa só Fé, exclamar como elas: Cristo Ressuscitou, Aleluia!
Clara Castro
