No primeiro Domingo de maio, este ano dia 7, o Dia da Mãe. Como habitualmente, a celebração da Eucaristia foi oportunidade de colocar as mães na oração, agradecendo a Deus por elas e agradecendo-lhes a vida, o tempo, os sacrifícios, numa palavra, todo o amor.
A introduzir e contextualizar a Eucaristia:
Queridos cristãos,
“Hoje comemoramos o Dia da Mãe, neste mês tão carinhosamente dedicado a Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe do Céu.
Deus convoca-nos para nos reunirmos como irmãos, em família.
Para que a família seja espaço de doçura, de ternura e de comunhão, a mãe tem uma missão inegável e insubstituível. Assim, Maria na Igreja, assim as nossas mães em nossas casas.
Neste Domingo, Jesus apresenta-Se como o Caminho, a Verdade e a Vida! Para nos reconhecermos irmãos, para fazermos parte da família, para pertencermos ao Seu reino, Ele guia-nos, ilumina a nossa mente, preenche de vida o nosso coração, mostra-nos o Pai.
Também aqui a Mãe é fundamental. Maria faz-nos sentir mais próximos de Jesus, mais perto de Deus. Ela diz-nos como fazer, fazendo, acolhendo a vontade de Deus: faça-se em mim segundo a tua palavra. Leva a Jesus as nossas necessidades! E interpela-nos a que façamos o que está ao nosso alcance, procurando em tudo concretizar a vontade divina: fazei tudo o que Ele vos disser. Maria sabe que Jesus nunca nos pedirá mais do que podemos dar, mas também sabe que temos que nos colocar inteiramente no bem que fazemos e nos compromissos que assumimos. Ela tudo fará por Jesus, pelo Filho, e depois tudo fará, em nome de Jesus, por todos os filhos.
É isso que as nossas mães fazem por nós, deram-nos a vida e gastam a sua vida por nós.
Agradeçamos a Deus pelas nossas mães. As que estão fisicamente entre nós e as que já estão junto de Deus a interceder por nós. Obrigado.
Como Maria, deixemos que a graça de Deus inunde a nossa vida.
No momento de ação de graças, foi proposto à comunidade, a reflexão da Comissão Episcopal para o Laicado e Família:
“Em Portugal o «Dia da Mãe» ocorre no 1º Domingo do mês de maio, este ano é o dia 7 e, na Liturgia, é o quinto Domingo do tempo Pascal. Acontecendo o «Dia da Mãe» no mês de maio, mês de Maria, a primeira dimensão da mensagem para este dia vem do Evangelho e da experiência de fé dos cristãos católicos que assumem por Mãe espiritual aquela que Jesus lhes consagrou na cruz, quando indicou a sua própria Mãe ao seu discípulo João, dizendo-lhe: «Eis a tua Mãe» (Jo 19,27).
A Mãe afetuosa, humilde, confiante e corajosa
A oração de saudação e súplica de intercessão dirigida a Maria, seja por crianças pequenas ou pessoas adultas mais idosas, tem uma dimensão afetuosa da fé. Em cada dezena do Rosário, na companhia de Maria, contemplamos a beleza e o mistério da vida de Jesus, da Virgem Mãe e ainda o dom do Espírito Santo na Igreja nascente, onde a Virgem Mãe também se encontrava.
Com a Mãe-Maria, Deus tornou-se próximo de nós! E nós tornamo-nos próximos de Deus. Com humildade, a Virgem Mãe aceitou com Fé a sua vocação, exultou de alegria e avançou com coragem para assumir uma aventura que envolve a vida por inteiro. Porém, não poderia imaginar que o seu Filho iria nascer num estábulo de animais e, ainda menos, que viria a ser condenado a morrer na cruz. Nenhuma mãe imagina essa situação.
A Mãe aliada de todas as mães
A Virgem Maria, acolhe todos os dias as preocupações das mães que sofrem por causa dos seus filhos. Por causa do seu infortúnio, da falta de saúde, dos afastamentos, dos filhos dependentes de redes ou vícios arruinadores, dos filhos acidentados e dos filhos que morreram. As mães que, em oração, partilham com a Virgem Mãe os seus problemas familiares, sabem que a têm como aliada e intercessora. Na verdade, Nossa Senhora é para muitos cristãos a confidente sempre disponível para escutar os nossos desabafos, sofrimentos e preocupações.
Ser mãe: vocação, valor e missão
Ser mãe é uma vocação e missão natural que Deus consagrou e que importa sublinhar como um dom e capacidade de amor ao serviço da vida e da sua realização. Todas as mães merecem ser apoiadas pela coragem e confiança que demonstram e por assumirem a sua responsabilidade. Ser mãe com amor e responsabilidade, mesmo pobre, é um bem enorme em alegria e em esperança que se alarga à família e à comunidade. Neste sentido, sugerimos e pedimos aos jovens casais que cuidem da fidelidade do seu relacionamento, como um dom para sua felicidade e de seus filhos.
Àqueles casais que, tendo gerado filhos, se separaram, não desistam de se assumirem como dom de Deus para a educação e felicidade dos vossos filhos. Em qualquer circunstância, a uma criança nunca se deve dizer mal da mãe. A mãe é mãe! Às mães que ficaram sós com filhos a crescer e a educar, que trabalham e assumem a missão de mãe como a causa das suas vidas, saudamo-las e agradecemos-lhe pela dedicação.
Confiar e escutar a mãe
No Dia da Mãe muitos filhos têm o cuidado de dirigir uma palavra ou uma atenção especial à sua mãe. É bom que assim aconteça; um simples gesto de delicadeza para com a mãe, é gerador de felicidade. Honrar pai e mãe, escutá-los e prestar-lhes atenção tem uma dimensão sagrada (4º mandamento da Lei de Deus), humaniza-nos, fazemos os outros felizes e agradamos a Deus.
Em sentido diverso, existem adolescentes e jovens que, por influência e sugestões que circulam nas redes sociais, decidem uma nova orientação para as suas vidas sem dialogar e confiar nos pais. É compreensível que os adolescentes e jovens tenham opções diferente dos pais, mas não é aceitável considerarem que alguém neste mundo os ame e lhes quer maior bem do que a sua própria mãe.
Confiemos à intercessão de Santa Maria, Rainha da Paz, Mãe de Cristo e Mãe da Igreja, todas as mães que vivem com especiais preocupações com os seus filhos e sua família, não esquecendo as situações de grande sofrimento familiar nos países envolvidos em guerra.
Preparado pelo grupo de catequistas, um pequeno vaso, com sementes, amores perfeitos. Os filhos são os seus amores perfeitos. O simbolismo da semente, que se lança à terra e se cuida para que nasça e se desenvolva.