Festa de Nossa Senhora da Conceição – 2023

Coroada como Rainha e Padroeira de Portugal, em 1646, pelo Rei D. João IV, Nossa Senhora da Conceição é também padroeira de muitas paróquias, como é o caso da de Tabuaço. Localmente, também a Santa Casa da Misericórdia a tem como Padroeira e os Bombeiros Voluntários como Madrinha. É uma das festas mais importantes e mobilizadoras da comunidade paroquial, fixando-se, ao longo do tempo, apenas na dimensão religiosa, com a celebração da Eucaristia e com a Procissão, com a imagem de Nossa Senhora, num andor transportado pelos Bombeiros Voluntários, a percorrer algumas das ruas da Vila, com um momento popularmente emotivo, quando para frente ao Quartel dos Bombeiros, com o toque da sirene. A banda de música cala-se e assim também as pessoas que participam na procissão. Outro momento emotivo é a passagem junto ao Lar da Santa Casa da Misericórdia, com os idosos a aproximar-se da procissão ou colocados junto das janelas para a verem passar.

A festa é precedida por uma Novena de preparação, que incluí a recitação do Rosário, a Eucaristia e a pregação. Uma espécie de retiro aberto, preparando-nos também para a celebração festiva do Nascimento de Jesus. O pregador da novena e da festa, este ano, foi o Pe. Diogo Rodrigues, pároco de Baldos, Santa Comba, Vilar e Arcozelo e assistente diocesano do Movimento da Mensagem de Fátima.

A pregação centrou-se na Palavra de Deus, apresentando Maria como Aquela que acolhe a vontade de Deus, na docilidade do Espírito Santo, como testemunha de fidelidade e desafia a tudo fazermos para fazermos o que Deus nos pede em cada momento. As situações em que Nossa Senhora aparece aponta-nos para a proximidade com Jesus, a fidelidade às palavras do Senhora e a interceder por nós. No alto da Cruz, é-nos dada por Mãe, porque assim o quis o Seu filho Jesus, para que ela cuide de nós, e da Igreja, como cuidou de Jesus.

No apontamento, distribuído à comunidade, diz-nos o Pregador: “Ao longo de nove dias reunimo-nos para viver a novena em honra de Nossa Senhora da Conceição. São dias que nos vão preparando para a Festa. Ao mesmo tempo recordam-nos a verdadeira vocação de Maria: encaminhar-nos para Jesus. O terço, oração mariana por excelência, e a Eucaristia, presença de Cristo no meio de nós foram momento de encontro com Deus por meio de sua e nossa Mãe. 

Nestes frios dias de Outono, quase Inverno, em que temos poucas horas de sol, a Liturgia recorda-nos a luz que irradia de Deus que nos ilumina e salva. Nossa Senhora é Aquela que a Sagrada Escritura nos apresenta revestida de Sol, pois “nem Ela nem nós gozamos de luz própria: recebemo-la de Jesus” (Papa Bento XVI). Maria Imaculada foi preparada por Deus desde o primeiro instante da sua vida para ser a Mãe do seu Filho. Mas na sua vida deixou-se iluminar por Deus, encontrando n’Ele a orientação, o rumo para a sua vida.  

É isto que Maria ensina à Igreja e de modo especial a cada um de nós: deixar-nos envolver pela luz que vem de Deus, colocando a nossa liberdade nas suas mãos como Ela fez. Não imitemos a atitude de Adão e Eva que fugiram, que acharam que Deus limitava a sua liberdade. Nossa Senhora, pelo contrário, “como boa mãe educa-nos a ser, como Ela, capazes de tomar decisões definitivas, com aquela liberdade plena com que respondeu “sim” ao plano de Deus para a sua vida. A liberdade é isto! Ter a coragem de tomar decisões com grandeza.” (Papa Francisco) 

Louvemos Maria, agradecendo a sua intercessão com esta oração do Papa Bento XVI: “Sim, desejamos agradecer-te, Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe amadíssima, pela tua intercessão em favor da Igreja. Tu, que ao aceitar sem hesitações a vontade divina, te consagraste com todas as tuas forças à pessoa e à obra do teu Filho, ensinando-nos a guardar no coração e a meditar em silêncio, como tu fizeste, os mistérios da vida de Cristo.

Tu, que fostes até ao Calvário, sempre profundamente unida ao teu Filho, que na cruz te deu como mãe ao discípulo João, faz com que também nós te sintamos sempre próxima a cada passo da nossa existência, sobretudo nos momentos de sombras e de provações.

Tu, que no Pentecostes, juntamente com os Apóstolos em oração, imploraste o dom do Espírito Santo para a Igreja nascente, ajuda-nos a perseverar no seguimento fiel de Cristo. A ti dirigimos com confiança o olhar, em “sinal de esperança certa e de conforto, enquanto não vier o dia do Senhor”.

A ti, Maria, invocam com oração insistente os fiéis de todas as partes do mundo para que, glorificada no céu entre os anjos e os santos, intercedas por nós junto do teu Filho “enquanto todas as famílias dos povos, quer as que se distinguem pelo nome cristão, quer as que ainda ignoram o seu Salvador, em paz e concórdia estejam felizmente reunidas num só povo de Deus, para glória da santíssima e indivisível Trindade”.

Amém!”.

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