Celebração do Tríduo Pascal

O Tríduo Pascal é o centro da liturgia, do ano litúrgico, pois concentra, sintetiza, fundamenta toda a vida cristã, a oração, os sacramentos, a Igreja. O mistério pascal no seu esplendor e profundidade, caminho, doação, entrega! Ao sofrimento extremo, Jesus contrapõe a resiliência e superação, respondendo com amor à violência, com delicadeza à agressão, com docilidade à injúria, usa de bondade para quem o maltrata. É a vida dada, oferecida. Ninguém lha tira, é Ele que a oferece por mim e por ti, por nós. É o mistério que culmina, plenifiando-se, na Ressurreição, na Páscoa, na passagem da morte à vida.

No início da noite de quinta-feira santa, a celebração da Ceia do Senhor. O espaço foi preparado para melhor visualizarmos a ceia e estarmos mais próximos, sentindo-nos à volta da mesa. Durante a Santa Missa, a cerimónia, tão significativa, do Lava-pés às crianças da catequese, repetindo o gesto de Jesus em lavar os pés aos Seus discípulos, em atitude de exemplo e serviço. Como Eu vos fiz, fazei vós também! No final da Eucaristia, a traslação do Santíssimo para a Capela de Santa Bárbara. Durante o dia de sexta-feira, várias pessoas foram passando pela Capela para um tempo de adoração. A hora do almoço coube ao pároco e jovens.

Na véspera, na quarta-feira da Semana Santa, dia das confissões para a comunidade, o dia foi de adoração do Santíssimo, exposto de manhã e recolhido, depois da bênção e antes da celebração da Eucaristia.

Na Sexta-feira santa, a celebração da Paixão do Senhor. A celebração iniciou com o silêncio, com o pároco prostrado diante do altar, e acólitos ajoelhados. Silêncio para acolher a Palavra de Deus e a Sua presença amorosa. Seguiu-se a liturgia da Palavra, com a narração da Paixão segundo o Evangelho de São João, com três narradores. Depois da homilia, a Oração dos Fiéis, pela Igreja, pelo Papa, pelos ministros sagrados, pelo nosso Bispo e pelos catecúmenos, pela unidade dos cristãos e pelos judeus, pelos que não creem em Cristo e pelos que não creem em Deus, pelos governantes e pelos atribulados. O segundo momento desta celebração é a adoração da Cruz, tendo-se feito levando em linha de conta o facto de ainda estarmos condicionados pela pandemia. Somente o sacerdote beijou a Cruz, os demais crentes fizeram inclinação, mais ligeira ou mais profunda, ou a genuflexão. Num terceiro momento, a distribuição da comunhão. Não havendo Eucaristia, as partículas para a comunhão foram consagradas na Missa vespertina de quinta-feira santa.

A celebração finalizou com a procissão do Senhor Morto (esquife com a imagem-estátua de Cristo em posição de morto), da Igreja para a Capela de Santa Bárbara, onde ficou durante o dia de sábado.

O grande sábado santo, com a maior das vigílias, em que se celebra a luz e a vida, a ressurreição de Cristo, que regressa e nos faz comunidade, nos reúne na alegria. No exterior da Igreja, a bênção do lume novo e a preparação do Círio, símbolo na Luz que é Cristo, luzeiro que não se apaga, qual coluna de fogo que nos guia nos caminhos da vida, neste hoje da história. “Nós Vos pedimos, Senhor, que este círio, consagrado ao Vosso nome, arda incessantemente para dissipar as trevas da noite; e, subindo para Vós, como suave perfumem junte a sua claridade à das estrelas do céu. Que ele brilhe ainda quando se levantar o astro da manhã, aquele astro que não tem ocaso: Jesus Cristo, Vosso Filho, que, ressuscitando de entre os mortos, iluminou o género humano com a sua luz e a sua paz” (Precónio Pascal).

A Vigília envolve-nos na luz, num primeiro momento, e coloca-nos à escuta da Palavra de Deus, com diversas passagens da Sagrada Escritura, fazendo memória das maravilhas que Deus realizou através dos Patriarcas e dos Profetas, a história do povo eleito como história da salvação, conduzindo-nos à Páscoa, à ressurreição de Jesus e ao testemunho das mulheres e dos apóstolos. Faz parte da Vigília Pascal a bênção da água batismal e, em algumas paróquias, em alguns anos, o batismo de pessoas adultas (catecúmenos). Depois da bênção da água, com a imersão do Círio Pascal, a Eucaristia prosseguiu no seu ritmo, ou melhor, no ritmo do Espírito Santo que nos congrega como comunidade e nos dá Jesus na Palavra e no Pão.

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