Festa de Nossa Senhora da Conceição

Uma caminho de nove dias (novena) para preparar a Festa em honra de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Tabuaço. A preparar, a viver, a partilhar a fé, imersa na vida. Neste caminho, contámos com o Pe. Diogo Martinho, pároco de Foz Côa, Santo Amaro e Mós do Douro.

O dia 8 de dezembro é um dos dias maiores para Tabuaço, pois Nossa Senhora da Conceição é padroeira da Paróquia e da Santa Casa da Misericórdia, e Madrinha dos Bombeiros. Um dia frio, de inverno-inverno, com chuva e vento. À hora marcada a celebração da Santa Missa em honra de Nossa Senhora da Conceição. A celebração festiva prosseguiu com o regresso da procissão, percorrendo algumas ruas da paróquia e com paragem obrigatório frente ao quartel dos Bombeiros Voluntários e passagem frente à Santa Casa da Misericórdia. Durante a celebração da Missa, a chuva foi desaparecendo, permitindo a realização da procissão.


Oportunidade para agradecer a todos quantos zelaram pela realização da festa, bem como quem, em cada semana, tem o encargo e carinho de cuidar dos espaços e proporcionar os tempos de oração, celebração e formação.
A todos quantos contribuíram para a festa, com ofertas e trabalho, para os arranjos da Igreja e do andor. Presença solícita e colaboração próxima dos Bombeiros Voluntários de Tabuaço, à Câmara Municipal e órgãos autárquicos que fazem com que esta festa seja da paróquia e da vila, à Guarda Nacional Republicana que solicitamente nos honrou com a sua presença na ordenação do trânsito.


Do muito que disse o Pregador, e do muito que pode ser proveitoso para nós cristãos, optamos por deixar a reflexão distribuída à assembleia celebrante, reassumindo também as nove virtudes de Nossa Senhora, desdobradas a partir da palavra IMACULADA. O poema hoje foi mesmo do pregador:
Conceição Imaculada: a vacina de Deus para travar a pandemia do pecado original.
Há duas formas de um médico atuar: ou dá um remédio ao paciente quando ele está doente, ou dá uma vacina antes de ele ficar doente para o livrar da doença.
A grande Glória de Deus, nosso Senhor, manifestou-se de maneira cristalina em toda a vida de Nossa Senhora.
Dizermos que Deus é Glorioso significa que Ele é soberano e que exerce esse poder com bondade, majestade e sabedoria.
Onde cabe, então, o pecado? O mal? A catástrofe?
Esta pergunta é antiga e sem resposta. Contudo… com a Conceição Imaculada da toda Virgem Santa Maria, sabemos algo: sabemos que em Nossa Senhora nem o pecado, nem o mal, nem a catástrofe lavraram. Sabemos que, onde habita Deus, só há beleza; só há harmonia. Sabemos que Ele pode mais; que a Sua Glória vence, preserva, cuida.
É o que celebramos hoje! É isto que vale a pena celebrar, ansiar, esperar uma vida inteira… dia após dia após dia após dia.

Senhora de todo o universo,
Senhora mãe de todos os Homens
Senhora rainha de Portugal,
Senhora de Fátima, de Vila Viçosa, da Conceição.
Senhora da nossa vida,
Senhora do nosso coração.
Conhecias-nos ainda antes de podermos dizer quem somos.
Senhora,
ensina-nos a arte com que apressadamente visitaste Isabel.
Dá-nos a doçura que dás àqueles que aqui te vêm dizer “não é possível”. Lembra-te: tu disseste-o a Gabriel.
Maria, Senhora nossa, ensina-nos a dizer todos os dias SIM.
Senhora, virgem mãe desde toda a eternidade eleita, a ti consagramos toda a nossa vida!
Que ela seja como a tua, onde quem se adentra só a ti te encontra, silenciosa e atenta, como quem diz a cada momento “fazei tudo o que ele vos disser”.
Ó Glória da nossa terra, agora que vamos desconfinando da tortura do vírus, nunca deixes de nos confinar e confiar ao amor do Teu Filho Jesus.
Senhora do mundo, Senhora da Conceição, Senhora de todo o nosso coração, fixa em nós o teu olhar, aponta o teu dedo para Jesus e segura-nos com a outra mão.

Da inteireza de um SIM
Da misericórdia que se aprende de um Filho
Da agilidade que parte apressadamente
Da castidade de uma vida gratuitamente dada
Da utilidade de um “não têm vinho”
Da loucura de “fazer sempre o que Ele disser”
Da acutilância de abrir o coração à espada de dor
Da diligência de, nessa dor, se fazer Mãe nossa
Da autenticidade de se dizer e se fazer “a escrava d’O Senhor”
De ti, Maria, fez Deus a diferença. Entre Ti e ela; entre a Tua descendência e a descendência dela.

Pe. Diogo Martinho

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