Homilias

O primeiro dia do novo ano civil é preenchido pela Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus. A tónica é a de bênção, que se deseja para nós e para os outros, e para o mundo. Desde 1968, por decisão do Papa São Paulo VI, que o ano começa como Dia Mundial da Paz…

É Natal, Deus está aí na fragilidade de um bebé, na inocência de uma criança, na ternura de um Menino, pronto para ser acolhido, acarinhado, pronto para Se deixar amar. N’Ele mesmo e nas pessoas mais pequenas… O que fizerdes ao mais pequeno dos Meus irmãos a Mim o fazeis.

Deus sonhou para nós um mundo belo e harmonioso, pleno de amor e de ternura, onde prevaleceriam a alegria e a fraternidade. Os desígnios de Deus mantiveram-se inalterados, respeitando sempre a vontade humana, mas fazendo-nos ver caminhos novos…

A Alegria do Evangelho há de generalizar-se em todo o tempo, pois Deus ama-nos infinitamente e sempre desce à nossa vida. É uma alegria missionária. Acolhemos o Senhor e deixamos que transborde o amor de Deus em nós para as pessoas que encontramos…

Um tronco! Uma vida. Uma raiz! Um começo. Um rebento! Vida nova a germinar! Anúncio de primavera! Tempo de esperança! Espera confiante! Aurora de um novo dia, claridade a despontar! E com o dia, mais tempo para viver, para aproveitar, recriando-se.

O Advento faz-nos renovar a nossa fé, a nossa alegria, a nossa esperança por sabermos que Deus vem, e vem Ele próprio, numa identidade concreta, real, humana. Esta vinda compromete-nos a preparar-nos para O receber na nossa vida.

Finalizamos e coroamos o ano litúrgico com a solenidade de Nosso Senhor Jesus Rei do Universo. O Evangelho deste ano coloca-nos junto à Cruz de Jesus, com a zombaria dos chefes dos judeus, dos soldados e de um dos malfeitores crucificado na mesma ocasião.

Jesus constata a caducidade das coisas, por mais duráveis que possam ser. «De tudo o que estais a ver, não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído».
O templo de Jerusalém demorou 46 anos a concluir. Nada se lhe compara, todavia, também o Templo não resistirá ao tempo.

Responde Jesus aos saduceus: «E que os mortos ressuscitam, até Moisés o deu a entender no episódio da sarça ardente, quando chama ao Senhor ‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob’. Não é um Deus de mortos, mas de vivos, porque para Ele todos estão vivos».

«Senhor, vou dar aos pobres metade dos meus bens e, se causei qualquer prejuízo a alguém, restituirei quatro vezes mais». Jesus não colocou condições prévias, simplesmente procurou-o com o olhar e fez-Se convidado. Coube a Zaqueu dar os passos seguintes.