Homilias

Estamos no Domingo da Alegria… que assenta na certeza que Deus atende às nossas súplicas, com prontidão em socorrer-nos em todos os momentos da nossa existência e lança-nos ao encontro daqueles que peregrinam ao nosso lado, pela história e pelo tempo fora.

João Batista é a voz que clama: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. Sejam alteados todos os vales e abatidos os montes e as colinas; endireitem-se os caminhos tortuosos e aplanem-se as veredas escarpadas; e toda a criatura verá a salvação de Deus”

Como que em espiral, no início deste novo ano litúrgico, com o primeiro Domingo do Advento, que nos coloca na preparação e celebração do nascimento de Jesus, a Palavra de Deus serve-nos, novamente, um discurso apocalíptico, sobre o fim, sobretudo como sentido.

Proposta de reflexão para a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo que Se afirma, não pelo poder, mas pelo despojamento, numa vida dada, totalmente, para que tenhamos vida em abundância.

Ao aproximar-se o final do ano litúrgico, os textos da Eucaristia remetem-nos para a plenitude dos tempos, não como ameaça, mas como desafio à conversão e empenho a favor dos outros, na certeza da salvação de Deus.

Jesus alerta para a hipocrisia dos doutores da Lei que não vivem em conformidade com o que ensinam e impõem aos outros. Exemplo de fé e humildade, a viúva que deita duas moedinhas no tesouro do Templo.

No caminho da nossa santificação, o decisivo não é saber de cor e salteado os mandamentos, os princípios e as fórmulas, mas amar, estarmos dispostos a seguir Jesus, a imitá-l’O, na cumplicidade com o Pai, no serviço aos irmãos.

No 30.º Domingo do Tempo Comum, ano B, o Evangelho narra a cura do cego de nascença. Jesus está no caminho, a sair de Jericó, e o cego, à beira do caminho, grita: «Jesus, Filho de David, tem piedade de mim».

Os discípulos levaram tempo a compreender a mensagem de Jesus. O seguimento far-se-ia na expectativa do sucesso e da bonança. Jesus acentua a inevitabilidade da Cruz e do sofrimento, por amor à verdade e à vida.

O homem cumpre os mandamentos, mas vive-os como um fardo. Jesus olha para ele e responde-lhe: «Falta-te uma coisa: vai vender o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu. Depois, vem e segue-Me».